imagem-canal-rural

Agtech brasileira pode reverter efeito estufa em 15 anos

Para acessar o Artigo Original clique aqui.


A Mahogany Roraima, agtech brasileira especializada em plantio de florestas, tem o protótipo de uma solução para enfrentar um dos grandes desafios da humanidade na atualidade: as mudanças climáticas.

Segundo estudo publicado na prestigiosa revista Science, plantar 1,2 trilhão de árvores, ou quatro vezes o total da Amazônia, seria o necessário para frear o aquecimento global. Com o ritmo das técnicas atuais, que alcança 42 milhões de mudas por ano, o mundo precisaria de 28,5 mil anos para atingir a meta. Não dá esperar.

Pois, segundo a empresa, a máquina Forest Planting Machine teria capacidade de plantio de 20 hectares a cada 3 horas e meia e, assim, em tese, com 100 máquinas seria possível atingir 1,2 trilhão de árvores em cerca de 15 anos.

O protótipo do equipamento já chega a 13 km/h durante o plantio e, em seis meses, também contará com tecnologias do Agro 4.0 como visão computacional por imagens de satélite, sensores e big data para, além de plantar, gerar dados sobre as “novas florestas”.

“Estamos trabalhando para melhorar a performance tanto em velocidade como em sistemas digitais embarcados. Entre eles, georreferenciamento, monitoramento por drone, alarmes de incêndio e a plataforma de processamento Arduíno”, adianta Marcello Guimarães, presidente da Mahogany Roraima.

Assim, a expectativa é também trazer viabilidade econômica para o sistema com inteligência informática. Ou seja, além de plantar árvores como mogno, jatobá ou outras, permitir o planejamento para a exploração sustentável das florestas.

Segundo o executivo, a máquina tem condições de plantar 16 mil árvores em apenas 3 horas e meia, com apenas três operadores. “Com 100 máquinas, seria possível plantar 1,2 trilhão de árvores em 15 anos e conter o problema de emissão de gases de efeito estufa. O segredo do equipamento está em um sistema de matracas capaz de fixar a raiz das mudas no solo”, acrescenta.

No entanto, a dificuldade de um plantio em massa passaria a ser a produção de mudas em larga escala, o que poderia ser solucionado com a instalação de viveiros em diversos estados ao mesmo tempo, mesclando a produção em 50% de espécies nativas e 50% de exóticas.

“As nativas permaneceriam no local formando as novas florestas, e as exóticas, anos após o plantio, poderiam ser cortadas para a indústria madeireira. Resolveríamos os problemas ambiental e o de extração ilegal de madeira”, concluiu.

Áreas devastadas

A empresa atua em parceria com proprietários rurais para reflorestamento em larga escala em áreas devastadas para regularização de passivo ambiental em troca de, no futuro, dividir a exploração de parte da madeira.

Por meio do CAR (Cadastro Ambiental Rural), a empresa pleitear financiamento no Fundo Amazônia para executar o trabalho, possibilitar o cumprimento da legislação ambiental por parte dos produtores e, assim, preservar a maior floresta tropical do mundo.